sábado, 2 de abril de 2011

Já dizia Kate Nash....

...My fingertips are holding onto the cracks in our foundation,
And I know that I should let go,
But I can't.
And everytime we fight I know it's not right,
Everytime that you're upset and I smile. (#not)
I know I should forget, but I can't.

{Kate Nash - Foundations}

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fluorescent Adolescent [Arctic Monkeys]

You used to get it in your fishnets

Now you only get it in your night dress
Discarded all the naughty nights for niceness
Landed in a very common crisis
Everything's in order in a black hole
Nothing seems as pretty as the past though
That Bloody Mary's lacking her Tabasco
Remember when you used to be a rascal?

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Weren't as daft as they seemed
Not as daft as they seemed
My love when you dreamed them up...

Flicking through a little book of sex tips
Remember when the boys were all electric?
Now when she tells she's gonna get it
I'm guessing that she'd rather just forget it
Clinging not to getting sentimental
Said she wasn't going but she went still
Likes her gentlemen not to be gentle
Was it a mecca dobber or a betting pencil?

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Weren't as daft as they seem
Not as daft as they seem
My love when you dream them up
Flo, where did you go?
Where did you go?
Where did you go? Woah.

Falling about
You took a left off Last Laugh Lane
You just sounded it out
You're not coming back again.

Falling about
You took a left off Last Laugh Lane
You just sounded it out
You're not coming back again.

You used to get it in your fishnets
Now you only get it in your night dress
Started all the naughty nights with niceness
Landed in a very common crisis
Everything's in order in a black hole
Everything was pretty in the past though
That Bloody Mary's lacking in tabasco
Remember when you used to be a rascal?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Você foi convidado para a festa da Alessandra?


Lembro ainda como se fosse hoje de um evento que marcou minha infância. Eu ainda era menina, estava na 5ª série e estava na sala de aula com o maior número de alunos populares daquele mesmo ano. Uma das garotas populares era minha melhor amiga - até hoje eu não sei como ambas se suportavam - e lembro quando a Alessandra chegou até ela com um bonito convite convidando-a para seu aniversário. Eu estava junto, mas Alessandra só estava com um convite.

Alessandra não era uma garota popular, muito pelo contrário, era aquela menina chata que acreditava que ficando amiga de pessoas populares poderia ascender, coitada. Certamente se já fosse adulta ia fazer uma análise melhor - ou não - e reparar que eu era amiga de uma garota popular e que isso não ajudava ninguém.

Ela não me convidou e não convidou os outros que estavam na mesma escala popular que eu naquela sala. A verdade é que se a festa não fosse dela, tristemente, também não seria convidada. De qualquer forma, parecia uma festa muito legal e tínhamos acabado de chegar na 5ª série, sentíamos que toda nossa vida estava em mudança, que tínhamos crescido, que não eramos mais "pivetes" e já podíamos finalmente cumprimentar os nossos coleguinhas com beijinhos no rosto.

Para "melhorar", criança sempre quer sair por cima e ser vangloriada por qualquer besteira que fizer - e ouso dizer que não só as crianças! - então durante as 3 semanas que antecederam aquela maldita festa, apenas A FESTA foi o assunto. Alessandra fazia questão de "reconvidar" os populares como um político que comprando votos: "Sábado você vai na minha festa, né? Você tem que ir! Vai ter coxinha, bolo, refrigerante... Ah! Vai ter música! Vamos dançar bastante!"
Acredite, se a decadência ainda não chegou ao pico, veja só o que aconteceu... Cansada de ouvir falar na tal festa, fui cobrar o meu convite à aniversariante! O diálogo permanece até hoje na minha cabeça:

- Alessandra, você trouxe o meu convite?
- Que convite?
- O convite do seu aniversário. Você me convidou mas disse que tinha esquecido o convite, lembra? Minha mãe disse que só me leva com o convite... - Até parece. Minha mãe NUNCA me deixaria fazer o que eu estava fazendo ali!
- Não, não. Eu não me lembro... Eu te convidei?
- Convidou. Até me disse que mora na Av. Flora, lembra? - Sempre soube que ela morava nessa avenida. Sempre a via esperando o ônibus para escola ali.
- Como você sabe onde eu moro?
- Você me disse!
- Não, não disse... Eu não te convidei.

Quando eu fiz aquilo eu soube e senti o que era humilhação. É por isso que disse que minha mãe nunca me deixaria fazer aquilo que fiz, porque minha mãe sempre prezou pelo nosso orgulho e nunca deixaria que eu me humilhasse daquela forma. Talvez também tenha sido nesse momento que eu adquiri o orgulho que tenho hoje - que é muitas vezes tão forte que passa rapidamente de uma virtude para um defeito.

Contei essa história porque ao longo de nossas vidas não seremos convidados para a festa de muitas Alessandras, assim como não vamos convidar várias Alessandras para as nossas festas.
Hoje eu novamente me senti não sendo convidada para uma festa. Não foi uma Alessandra que não me convidou, mas eu me lembrei dessa história que, por mais patética e ridícula que seja, me lembra quem eu já fui, quem sou e me lembra - principalmente - que todos nós fazemos aniversários e um dia será a nossa vez de fazermos os convites.

Quem você vai querer convidar?

Walk Away

{27/08/2010}

...E ela então pintou as unhas de rosa, vestiu aquele jeans justo que colava no corpo - já estava tão surrado, mas caia-lhe tão bem - e saiu de casa com o cabelo solto. No bolso: alguns valores. No coração: uma ventania.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pizza, pizza, pizza!

As vezes me dá uma vontade desesperadora de comer em algum lugar novo e diferente no final de semana, mas algum lugar que seja além dos fast-foods mais próximos, mais rápidos e mais conhecidos (Mc Donald's, Burger King, Habbibs, etc). Nessas loucuras de bater perna por aí e procurar endereços na internet de lugares inusitados para visitar, andando pela Augusta (Travessa da Av. Paulista em São Paulo) deparei-me com um lugar super supimpa aonde o prato principal era pizza (DEUS!) e os deliciosos pedaços ficavam expostos em um balcão de vidro aguardando a clientela faminta - naquele dia, eu e o meu namorado Raoni. Pizza já é uma delícia, mas confesso que fiquei maravilhada com o lugar - tem um clima legal, pessoas educadas, uma receita de pizza sensacional e um bom preço. Confesso também que quando comi a pizza de chocolate (DEUS!), tive certeza que voltaria no O Pedaço da Pizza com certa frequência.


Na semana passada, visitei a loja localizada no Paraíso e admito que pretendo sempre visitá-la - por mais que a da R. Augusta seja a mais próxima da casa do Raoni e eu tenha que cruzar a Av. Paulista inteira para chegar no Paraíso. O fato é que já presenciei incidentes com relação a higiene (um inseto!) que me desagradou na loja da Augusta, mas a loja do Paraíso além de ser muito mais acolhedora é milhares de vezes mais limpa!

Então, fica a dica do programa: Se estiver em boa companhia, atravesse a Av. Paulista no sentido Paraíso e vá conversando, se divertindo e admirando os enfeites de Natal desse ano, pare no Starbucks (do Shopping Center 3 ou o da Alameda Santos - de esquina com a Alameda Campinas) escolha uma bebida magnífica para acompanhá-lo no decorrer da caminhada e siga em frente até a R. Rafael de Barros (nº 87) - Paraíso! Agora, se você estiver com muita fome e do lado da R. Augusta, experiemente ir na loja da Augusta (nº 1463) mesmo, afinal, antes desse "incidente" cheguei a frequentá-la mais de 5 vezes sem nenhum problema! ;)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Política politicamente incorreta...


Hoje eu conversei com um gaúcho muito bacana. Eu já acho gaúchos bacanas a começar pelo sotaque e acho m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-m-e-n-t-e sedutor quando eles me chamam de ''guria''... Não me perguntem o porquê. (!) Só não gosto de gaúcho bravo ou irritadinho, porque o tom de voz não combina com o sotaque de rouxinol que eles possuem. Enfim, em determinada parte da conversa ele me disse: ''...Se você quer realmente conhecer alguém, dê poder à ela... Você a conhecerá profundamente!'' e óbviamente eu soltei um ''Compreendo.'' - porque esse é o meu trabalho! - mas depois fiquei remoendo o que ele disse e essa frase me remeteu a dois fatos; o primeiro foi ao ''Senhor dos Anéis'', quando logo no início do filme ''A Sociedade do Anel'' a querida e sábia Galadriel, interpretada por Cate Blanchett , diz:

''O Anel passou a Isildur que teve essa chance única de destruir o mal para sempre... Mas o coração do homem é facilmente corrompido."

Depois me lembrou uma reportagem que vi hoje, que falava da publicação de novos 468 atos secretos em boletins administrativos da rede de intranet do Senado, e tratava de atos que identificavam aumento de salários com pagamento retroativo para servidores.
Sinceramente, eu não curto política - e fazer História não significa que devo gostar de política - e por mais que eu acredite que esses tipos de frases são frases e conceitos deterministas, eu não tenho como negá-los de imediato, embora não concorde 100%. Acredito que o capital possa gerar muitos tipos de mudanças no comportamento e, principalmente, mudanças de vida - e quem é que não quer viver bem? O problema do PODER e, para ser mais específica, do campo político é que ao invés das pessoas ficarem indignadas com o que assistem pela televisão e desejarem que pessoas honestas e sábias ocupem esse tipo de cargo público, elas desejam ocupar o lugar de muitos deles - e não para fazer algo JUSTO, mas para burlar as normas e receber benefícios de formas ilegais e abusivas e, claro, viver bem sem fazer nada e a custa de todos! Esse é o real problema dos dias atuais: O querer trocar de lugar para fazer a mesma coisa! O problema é a indignação e o sentimento de injustiça, não por assistir atos que são contra a ética e a moral civil, mas é por revoltar-se porque não consegue participar de um esquema tão PRÁTICO para ter acesso ao capital, ao montante, aos bens e a vida boa! Logo, ao invés de criticar os senadores/governadores/prefeitos/políticos, eu prefiro criticar as pessoas que os colocaram no poder, as pessoas que desejam um mensalão, as pessoas que tentam de qualquer forma arrumar um cargo público e/ou político não com o intuito de exercer a sua função, mas com o intuito de se aproveitar das regalias que são oferecidas para quem ocupa o cargo...

...E é claro que não estou defendendo nenhum político, sim?

''O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções.'' (K. Marx)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A criação do Mini Man

Trabalhei com o livro ''O Homem No Teto'' na sétima série, e uma vez ou outra ainda tento ler o final do livro. Gosto muito das imagens do Jules Feiffer, pois elas são extremamente... Simples para transmitir algo em especial. Por mais que ele seja cartunista, ao ler suas tiras fica explícito que seus ''rabiscos'' viram meras ilustrações - no verdadeiro sentido da palavra. A primeira vez que peguei esse livro nas mãos tinha 13 anos e agora tenho 20 nas costas... O tempo voa.

"...O dever de casa ficou para depois. Jimmy precisava de um novo herói. Um herói não maculado pelo julgamento de Lisi e do Pai. Um herói que não era pra ser visto por eles nunca. Ou, se os vissem daqui a uns cinqüenta anos mais ou menos, depois de Jimmy estar velho e quem sabe já ter morrido, eles então pensariam: "Se tivéssemos podido saber quando ele tinha dez anos e meio que era capaz de criar um herói assim!".
Jimmy tentou de tudo, nada funcionava. Foi se sentindo cada vez pior, minúsculo e inútil. Chateado e sem nada melhor para fazer, Jimmy desenhou-se a si mesmo minúsculo e inútil. Uma lâmpada acendeu-se na sua cabeça como acontece nos quadrinhos quando um personagem tem uma idéia. Acrescentou uma máscara negra e uma capa a seu personagem minúsculo e inútil. O resultado deixava a desejar..." {FEIFFER, Jules. O Homem No Teto, página 23. }



Créditos das imagens: Jules Feiffer.